Análise

Europa 2020: número de licenciados a subir, abandono escolar a descer

por EDULOG


12 de maio de 2016 |

Há mais pessoas entre os 30 e os 34 anos com formação ao nível do ensino superior e cada vez menos abandono escolar precoce na União Europeia (UE), os dados são do gabinete de estatística europeu EUROSTAT.

De 23,6% em 2002 para 38,7% em 2015, foi esta a evolução do número de diplomados nos 28 países-membros da UE. Em Portugal, número de pessoas entre os 30 e os 34 anos com cursos superiores, sejam universitários ou politécnicos, aumentou de 12,9% em 2002 para 31,9% em 2015. Mas continua abaixo da meta de pelo menos 40% de diplomados até 2020, estipulada na Estratégia Europa 2020.

O relatório publicado a 27 de abril pelo EUROSTAT revela dados de 2015 e mostra o percurso feito pelos estados-membros na tentativa de alcançar a outra meta no sector da educação: a de reduzir para 10% o número de jovens entre os 18 e os 24 anos que não frequenta a escola nem está envolvido em programas de formação ou educação.

A taxa de abandono precoce nesta faixa etária tem diminuído de forma constante na UE, passando de 17,0% em 2002 para 11,0% em 2015. Portugal não é exceção. Há menos jovens entre os 18 e os 24 anos a deixar os estudos: de 38,5% em 2006, para 13,7% em 2015.

40% de diplomados

Dados de 2015 mostram que mais de metade da população, com idades entre os 30 e os 34 anos, terminava um curso ao nível do ensino superior em cinco países: Lituânia (57,6%), Chipre (54,6%), Irlanda e Luxemburgo (os dois com 52,3%) e Suécia (50,2%). No oposto da escala, Itália (25,3%), Roménia (25,6%), Malta (27,8%) e Eslováquia (28,4%) registam o menor número de diplomados da UE.

A informação divulgada pelo EUROSTAT mostra que doze Estados-Membros alcançaram ou superaram atualmente a meta de 2020 no que concerne a este indicador: Dinamarca, Estónia, Grécia, Chipre, Letónia, Lituânia, Hungria, Países Baixos, Áustria, Eslovénia, Finlândia e na Suécia. Em 2015 continuava a ser maior a percentagem de mulheres diplomadas comparativamente aos homens: 43,4% contra 34,0% em média na UE.

10% de abandono escolar

Relativamente à taxa de abandono escolar há também a registar um decréscimo de 17,0% em 2006 para 11,0% em 2015. Uma tendência que se fez sentir em todos os estados-membros da UE exceto na República Checa, Roménia e Eslováquia.

No topo da escala, a Croácia surge como o país onde foram observados menos abandonos (2,8%), seguindo-se a Eslovénia (5,0%), o Chipre e a Polónia (ambos 5,3%) e a Lituânia (5,5%), enquanto as percentagens mais elevadas de desistência surgem em Espanha (20,0%), em Malta (19,8%) e na Roménia (19,1%).

Balanço feito, o EUROSTAT mostra que treze Estados-Membros já cumpriram os seus objetivos nacionais para o ano de 2020 relativamente à diminuição do abandono escolar: Dinamarca, Irlanda, Grécia, França, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Áustria, Eslovénia e Suécia. Em termos de género, a taxa de abandono precoce em 2015 foi mais baixa nas mulheres (9,5%) do que nos homens (12,40%), na maioria dos Estados-Membros.

Nota: a União Europeia (UE) inclui Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Países Baixos, Áustria, Polónia, Portugal, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia, Suécia e Reino Unido.

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